segunda-feira, 26 de maio de 2014

Capela Vocacional em Miracatu

Foto de: arquivo da comunidade
Miracatu
A comunidade de Oliveira Barros, em Miracatu, está em festa, vivendo tempo de celebração e festejos em comemoração a sua padroeiraSanta Rita de Cássia. No dia 11 de maio, deu-se oficialmente a abertura a festa 2014. A missa de abertura foi presidida pelo Padre Pelaquin, convidando, no contexto concreto em que a liturgia nos colocou, a seguir Jesus, o Bom Pastor. A celebração também foi marcada pelo dia dedicado em homenagem às mães.
Tivemos também a graça de receber a Capela Vocacional em comemoração ao Ano Vocacional Redentorista. A visita do Ícone nos colocou a refletir e a rezar pelas vocações religiosas e sobre as nossas vocações. A capela foi recebida solenemente e exposta no altar. Sob a regência do Irmão Alan Zucheratto o Coral Voz e Luz da nossa paróquia abrilhantou a celebração que foi emocionante.
Assim espero, que seja copiosa, que seja abundante, a graça divina da Redenção.
Agradecemos a participação da comunidade redentorista, presente e atuante em nosso meio, para que juntos, unidos da fé, no seguimento à Jesus Cristo, nosso Bom Pastor.
Jair Silva
Coordenador da comunidade rural Santa Rita de Cássia, em Miracatu-SP.

Paulo, pedagogo dos cristãos

A “Conversão de São Paulo”, comemorada como festa patronal na Arquidiocese de São Paulo, nos convida a descobrir no Apóstolo um exímio educador dos cristãos na fé em Cristo. 









O Apóstolo não apenas se interessou em anunciar o Evangelho e dar início a comunidades cristãs, mas também as acompanhava, dando-lhos respaldo e formação cristã.
Nas suas Cartas, encontramos passagens com a exposição, aprofundamento e defesa da fé; em outras, ele vai às consequências do Evangelho para a vida pessoal, familiar e comunitária. Em outras ainda, aparecem correções de erros e desvios no caminho do cristão, bem como exortações vigorosas para progredir e amadurecer no caminho da fé.
Ninguém nasce cristão completo, mas aprende-se a sê-lo; não basta ter, um dia, recebido a fé cristã: é preciso dar passos, aprofundar e ampliar a experiência da fé, aprender mais sobre o “mistério da fé” abraçado, perseverar e produzir os frutos da fé. São Paulo nos dá o exemplo de verdadeiro pai e educador na fé para suas comunidades.
Ele não apresenta um código de regras para a vivência cristã, mas coloca diante dos fieis as referências fundamentais, a partir das quais eles devem modelar a cada passo a sua vivência na fé: precisam deixar a maneira antiga de viver e conformar a vida ao Evangelho (cf Ef 4,22); abandonar o homem velho e revestir-se do homem novo (23s). A vida cristã é feita de escolhas: “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa maneira de pensar (...), segundo a vontade de Deus” (cf Rm 12) 
Outra referência fundamental para a educação na fé é a vida nova em Cristo. Quem foi batizado, tornou-se filho de Deus pela fé em Cristo, revestiu-se de Cristo, tornou-se um só em Cristo, com os outros batizados, e tem a mesma esperança por causa da promessa de Deus realizada por meio de Cristo (cf Gl 3,26-29). A vida cristã é um constante “estar em Cristo” e perseverar nele.Uma referência constante nessa formação do cristão é seu relacionamento novo com Deus.  Uma mudança substancial realizou-se na vida de quem foi batizado e o fiel deve tratar com Deus como “filho querido”, e não mais como alguém distante e estranho a Deus; não deve mais comportar-se como se nunca tivesse conhecido a Deus (Ef 4,17s). Os cristãos são chamados mesmo a serrem “imitadores de Deus, como filhos queridos (cf Ef 5,1s). Daí decorre que a dignidade e a santidade são a únicaforma de vida que lhes convém: “procedei como filhos da luz (...), discerni o que agrada ao Senhor” (5,9-10).
Por isso, Paulo convida a levar vida digna da vocação cristã, de acordo com esta nova condição recebida por graça de Deus (cf Ef 4,1), a “buscar as coisas do alto” e a não mais viver apenas para as coisas terrenas (cf Cl 3,1). Ele próprio diz que o sentido de sua vida mudou totalmente depois de encontrar Cristo: “para mim, agora, o viver é Cristo” (cf Fl, 1,21). “Quem está em Cristo é uma nova criatura” (cf 2Cor 5,17).








A terceira referência para a educação do cristão é arelação com a comunidade de fé. O cristão não vive isolado, nem crê sozinho, de maneira individualista: ele precisa crescer como membro do corpo de Cristo, cada um dando a sua contribuição para o crescimento da Igreja (cf Ef 4,1ss). Os dons que cada um recebeu do Espírito Santo devem ser colocados a serviço do “corpo de Cristo, do qual todos somos todos membros (cf 1Cor 12). Cada um deve ajudar a edificar o templo de Deus, mas ver bem com que material está construindo (cf 1Cor 3,10). A boa qualidade da vida cristã é pedida a todos.
Enfim, Paulo exorta ao esforço cotidiano, a não desanimar, mas a perseverar na fé: “Aquele que começou em vós a boa obra  há de levá-la a bom termo” (cf Fl 1,6).
Publicado em O SÃO PAULO, ed. 2986 de 21 a 28 de janeiro de2014

Fonte: Arquidiocese de São Paulo.

Papa Francisco encerra viagem à Terra Santa


No terceiro e último dia de sua peregrinação à Terra Santa, o Papa Francisco rezou e pediu pela paz mundial no Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado para o Judaísmo e visitou o Memorial Yad Vashem, dedicado à memória das vítimas do Holocausto.
Antes o Papa encontrou o Grão-Mufti de Jerusalém e de toda a Palestina, o xeque Muhamad Ahmad Hussein, na Cúpula das Rochas, na Esplanada das Mesquitas, um dos locais mais sagrados do Islã. Dirigindo-se ao Grão-Mufti, o Papa disse que o objetivo de sua peregrinação seria visitar os lugares por onde Jesus passou, porém declarou que sua visita estaria incompleta se não pudesse encontrar com as “pessoas e comunidades que vivem nesta terra”.  Ao final,  o Pontífice lançou um apelo: “Queridos amigos, a partir deste lugar santo, lanço um premente apelo a todas as pessoas e comunidades que se reconhecem em Abraão: respeitemo-nos e amemo-nos uns aos outros como irmãos e irmãs! Aprendamos a compreender a dor do outro! Ninguém instrumentalize, para a violência, o nome de Deus!”, declarou Francisco.
Seguindo o seu itinerário, o Papa Francisco caminhou até o Muro das Lamentações e depositou um bilhete escrito de próprio punho com a oração do Pai-Nosso em espanhol, ensinada por sua mãe.


No local, o Papa foi recebido pelo rabino chefe Samuel Rabinovitch, que preside à Fundação que gere o lugar santo judaico, e ouviu uma explicação histórica, em inglês, sobre a história do Templo de Jerusalém, diante de uma pequena maqueta.
Depois de deixar o Muro das Lamentações, o Papa seguiu para o Monte Herzl, o cemitério nacional de Israel e colocou uma coroa de flores no túmulo de Théodore Herzl, fundador e o símbolo do sionismo moderno, segundo as exigências do protocolo israelita. No local estavam presentes, o presidente de Israel Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Francisco também discursou no Memorial Yad Vashem onde pediu para que nunca mais volte a acontecer a “tragédia incomensurável” do Holocausto. “Dai-nos a graça de nos envergonharmos daquilo que, como homens, fomos capazes de fazer, de nos envergonharmos desta máxima idolatria, de termos desprezado e destruído a nossa carne, aquela que Vós formastes da lama, aquela que vivificastes com o vosso sopro de vida. Nunca mais, Senhor, nunca mais”, disse.
Nesse local, Francisco encontrou-se com seis sobreviventes do Holocauso e fez questão de cumprimentar um a um e beijar suas mãos. 

Em seguida, em um encontro com os dois grandes rabinos de Israel, o Papa fez um apelo contra o terrorismo e o antissemitismo. Francisco frisou que não se tratava apenas de estabelecer no plano humano “relações de respeito mútuo” mas como cristãos e judeus deveriam todos se questionar profundamente “sobre o significado espiritual do vínculo que nos une”. 
“É um vínculo que vem do Alto, ultrapassa a nossa vontade e permanece íntegro, não obstante todas as dificuldades de relacionamento vividas, infelizmente, na  história”, disse o Papa.  ”O conhecimento recíproco do nosso patrimônio espiritual, o apreço por aquilo que temos em comum e o respeito no que nos divide poderão servir de guia para o sucessivo desenvolvimento das nossas relações futuras, que entregamos nas mãos de Deus. Juntos, poderemos dar uma grande contribuição para a causa da paz; juntos, poderemos, num mundo em rápida mudança, testemunhar o significado perene do plano divino da criação; juntos, poderemos opor-nos, firmemente, a todas as formas de anti-semitismo e restantes formas de discriminação. O Senhor nos ajude a caminhar, com confiança e fortaleza de ânimo, pelas suas vias. Shalom!”, completou.
No encontro com o presidente de Israel, Shimon Peres, o Papa destacou que a construção da paz exige “o respeito pela liberdade e a dignidade de cada pessoa humana, que judeus, cristãos e muçulmanos acreditam igualmente ser criada por Deus e destinada à vida eterna”. 
Nesse desejo, o Pontífice lembrou a presença das diversas comunidades cristãs que vivem no Estado de Israel e que como parte integrante da sociedade querem prestar a sua contribuição para o bem comum e como minoria religiosa devem ter sua presença e os seus direitos respeitados.
O penúltimo compromisso do Papa Francisco aconteceu na igreja do Getsêmani, junto ao Jardim das Oliveiras, que evoca o local da prisão de Jesus. Ali Francisco encontrou-se com religiosos e religiosas católicos que trabalham na Terra Santa. “Imitemos a Virgem Maria e São João, permanecendo junto das muitas cruzes onde Jesus ainda está crucificado. Esta é a estrada pela qual o nosso Redentor nos chama a segui-lo, não há outra, é esta”, disse aos religiosos. “A vossa presença aqui é muito importante; toda a Igreja vos está agradecida e apoia com a oração”, acrescentou.
O encerramento da peregrinação aconteceu no Cenáculo, local da Última Ceia, para os católicos, e túmulo do rei David, para os judeus. A celebração não foi aberta ao público devido às reduzidas dimensões do local.

Nesse local, o Papa Francisco afirmou o nascimento da Igreja. “Aqui nasceu a Igreja, e nasceu em saída. Daqui partiu, com o Pão repartido nas mãos, as chagas de Jesus nos olhos e o Espírito de amor no coração”, disse durante a homilia que pronunciou diante dos patriarcas orientais, bispos e outros responsáveis católicos da Terra Santa. 
“O Senhor concede-nos um grande dom, ao reunir-nos aqui no Cenáculo, para celebrar a Eucaristia. Aqui, onde Jesus comeu a Última Ceia com os Apóstolos; onde, ressuscitado, apareceu no meio deles; onde o Espírito Santo desceu poderosamente sobre Maria e os discípulos”, declarou. “O grande rio da santidade da Igreja, sempre sem cessar, tem origem daqui, do Coração de Cristo, da Eucaristia, do seu Santo Espírito”, acrescentou.
Finalmente, disse, o Cenáculo recorda “o nascimento da nova família, a Igreja, constituída por Jesus ressuscitado”, para a qual “estão convidados e chamados todos os filhos de Deus de cada povo e língua”, finalizou.
No site da Santa Sé é possível ter acesso a todos os discursos, homilias e mensagem da Viagem Apostólica do Papa Francisco à Terra Santa.